sexta-feira, 24 de julho de 2009


Terça-feira, 21 de Julho de 2009 às 17:58:35


Nos últimos dias, um assunto tomou conta do noticiário brasileiro, trata da gripe suína. Na verdade as pessoas estão com medo, quem não acredita que saia às ruas e converse com este ou aquele indivíduo, irá verificar que no mínimo ninguém se sente seguro.

Quando a gripe suína surgiu no México, no Brasil o Ministério da Saúde tratou logo de acalmar a todos, a final a doença se encontrava longe, porém com o surgimento dos primeiros casos, admitiu que a doença estava sob controle, uma vez que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realmente estava vigilante ao vírus. Enquanto, isso a OMS(Organização Mundial da Saúde) admitia ser a gripe suína uma doença incontrolável. O próprio secretário estadual de Saúde, Osmar Terra enfatizou que a gripe é incontrolável. Posteriormente, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu mediante estudos que o vírus da gripe suína já se encontrava localizado no Brasil e portanto, não depende mais de importação.

Na verdade, hoje nenhuma autoridade sanitária, sabe tudo sobre a gripe suína ou gripe A, razão por que a população tem ficado em alerta, com medo e uma desconfiança. Medo de que a doença seja pior do que se fala e desconfiança no governo e nas autoridades da Saúde. Na verdade parece que estamos refém de uma realidade indesejável, porém se trata da vida e quando o assunto é vida, todos têm que tomar os devidos e necessários cuidados.

Em Cruz Alta encontra-se programado para os dias 30, 31 de julho e 01 a 02 de agosto, a 29ª.edição da Coxilha Nativista e o Secretário Municipal da Cultura, Alex Della Meia, afirmou que o referido evento sai com qualquer tempo ou seja está descartado um possível cancelamento do festival nativista.
Ainda segundo Della Meia, serão tomadas as medidas necessárias para evitar que alguma pessoa que compareça ao festival seja prejudicada. Haverá uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde, igualmente se for necessário serão distribuídas máscaras de proteção. Prossegue, o secretário, dizendo que em Cruz Alta não há casos de gripe A.

Uma coisa é cuidar de um festival, a final a Coxilha Nativista é um momento para divulgar nossa cultura e nossa música, agora outra coisa é a saúde e a vida das pessoas e com vida não cabe correr qualquer risco.
Argumentar que Cruz Alta não tem caso de gripe A, não significa garantia, uma vez que a doença pode se encontrar num estágio que ainda não tenha se manifestado e depois, as pessoas são contaminadas ou seja as pessoas doentes transmitem a doença para outras.

A Coxilha Nativista costuma atrair visitantes de diferentes municípios gaúchos e mesmo fora do Estado, pois essas pessoas e os cruz-altenses estarão no Ginásio Municipal num aglomerado de mais de 3 mil pessoas. Um ginásio fechado, devido ao frio, é sem dúvida um lugar propício a propagação do vírus, basta uma pessoa ter a doença e começar espirrar. Dirão, mas o doente não irá para o Ginásio, a questão toda é saber quem está doente e igualmente o estágio da doença.

No mundo , as autoridades da saúde recomendam que as pessoas evitem aglomeração e lugares fechados a fim de impedir o contágio do vírus da gripe A, portanto, não pode a organização da Coxilha Nativista andar na contramão e não venham com argumento que a população pode ficar tranqüila é como a segurança pública, nem mesmo as delegacias de policia e brigadianos estão livres dos marginais ou ainda a AIDS, que as autoridades distribuem camisinhas no Carnaval, só que passado o período de Momo, aparecem mais casos da doença. Em suma, nada é seguro, muito menos falar de segurança de um vírus que se propaga entre as pessoas através de um simples espirro. Portanto, secretário Alex cancele logo a Coxilha Nativista ou se ainda tem duvida, consulte a população, saia às ruas e ouça as pessoas, será que elas irão à Coxilha Nativista em clima de gripe A? A propósito só neste ano, foram cancelados no Rio Grande do Sul,mais de quatro eventos, nada justifica correr o risco de uma epidemia que cada dia ganha maiores proporções.

quinta-feira, 27 de março de 2008

UNIVERSIDADE, PESSOAS E MERCADO

Temos acompanhado as eleições na Universidade de Cruz Alta, trata-se de um processo e em todo o processo pode se divergir dos procedimentos, porém jamais do processo, uma vez que o mesmo integra todas as realidades. O governo é um processo, da mesma forma uma empresa e cada um de nós igualmente se depara com um processo.

O ensino superior em Cruz Alta iniciou há mais de trinta anos através de uma Associação de Professores. Na época foi responsável pela efetividade do processo educacional. As pessoas decidiam o que fazer, como fazer e para quem fazer. Um processo determinado por pessoas para pessoas.

Pois, a então Associação dos Professores de Cruz Alta(Aprocruz) desaparece e dá lugar a universidade, cuja o nascimento implica em uma fundação, a fundação/universidade. Na prática uma fundação para manter uma universidade.

Historicamente, no entanto, a educação superior em Cruz Alta se baseou em pessoas. Pessoas que mandam e por conseguinte detentoras de cargos, pessoas que realizam serviços e pessoas qaue consomem serviços. As pessoas produziram culturas capaz de influir em comportamentos e levar a resistências.

Mas as mudanças são inevitaveis e ocorrem com o contra nossa vontade. Antes não existia a EAD(Educação a Distância) Hoje é uma realidade e de acordo com o Censo realizado pelo Inep(Instituto de Estudos e Pesquisa Educacionais) e pelo MEC(Ministério da Edecuação), a denominada educação a distância cresceu 1.867% no Brasil entre 2003 e 2006, enquanto isso muitas universidades perderam alunos e outras conseguiram se expendir. Quem é o grande responsável por tais mudanças? O mercado e não as pessoas. Ainda que o mercado se utilize das pessoas, o mesmo age independente da vontade de muitos, como escrevera Adam Smith, o mercado é uma mão invisivel que conduz a todos.

Dirão alguns a educação não é mercadoria e portanto, não deve se sujeitar ao mercado, até pode não ser mercadoria, nem por isso deixa de ser um serviço sujeito a economia e como escreveu Marx, na vida tudo é economia.

Se verificarmos, no Brasil e no exterior, as grandes universidades seguem o mercado. Aliás as universidades são empresas e não empresas de pessoas e sim de capitais, caso da Anhanguera, uma Sociedade Anônima. Portanto, não dá para discutir educação sem considerar o mercado. O mercado é quem determina as ações das universidades e não o discurso, cuja a retórica já não mais se sustenta.
Uma fundação universidade, por não ser empresa e nem instituição mantida com dinheiro público, muitas vezes acaba se constituindo em bens e pessoas. Todavia, a ordem estabelecida evidencia que a educação esta mais para o mercado do que para pessoas. Assim pensamos que os responsáveis pela educação não podem discuidar da economia ou pelo menos desenvolver atividades sem desconsiderar as regras de mercado. Com isso não desejamos assumir postura de mercantilista e sim considerar que a economia há muito tempo cuida de tudo e sem dinheiro, os desejos se tornam utopias.